Viajar esvazia o bolso, mas enche a cabeça de ideias boas, de novos conhecimentos e vontade de voltar para casa.
Visitar lugares diferentes com guias turísticos modifica nosso olhar mediante as artes, os monumentos históricos e esclarece muito sobre dados históricos.
Quando saímos pelo país, parece que os guias contam uma história diferente das lidas nos livros. São tão assertivos que a história mais próxima à verdade é a deles. Aí mora o perigo. Se tivermos o cuidado de pesquisar mais a fundo, logo perceberemos que eles alteram “um pouquinho” do que se encontra registrado.
Pudera, como manter a atenção de um grupo grande de pessoas sem usar da criatividade?
Afinal, eles sabem que ninguém viaja para saber de tragédias, mas sim para esquecê-las. Dar beleza e graça à história local provoca melhores sensações, além de divertir os turistas.
Há casos de situações divertidíssimas em que ocorre o confronto entre o guia e o turista: o guia comenta sobre uma música de sucesso e diz que ela é daquele lugar. De repente, um turista questiona dizendo que não, que aquela música é da cidade dele, dando nomes e datas. Que saia justa, não?
Mas o guia, safo que é, não se aborrece e cria uma piada ou brincadeira desfazendo o confronto.
Quando os guias turísticos são mais velhos, ou mais experientes, as narrativas ganham mais sobriedade; já os mais jovens abarrotam as narrações de gírias locais deixando os turistas com cara de ponto de interrogação, ainda que falem a mesma língua.
Guias são guias: nos levam por caminhos que nem sempre estão nos livros de história, tampouco narram fatos comprovados. Contudo, são eles que conferem um sabor especial às nossas expedições turísticas.
No fundo são almas boas que buscam a todo custo tornar nossa viagem mais agradável e alegre. Por isso contei esta história sobre eles.